⦁ Retífica volante de motores

27/02/2014 17:21

Molas helicoidais do disco de embreagem

 

As molas helicoidais existentes no disco de embreagem
têm a função de absorver as variações bruscas
de torque do motor, gerando um conforto
maior para o motorista durante as mudanças de
marcha.
É comum no mercado associar ruídos de transmissão
às “molas folgadas” do disco de embreagem,
o que não é real. Durante a vida útil do disco
há uma folga natural de suas molas de torção, o
que é aceitável e não prejudica o desempenho de
conjunto da embreagem. Alerta-se que a aplicação
inadequada ou uso abusivo do veículo (como por
exemplo, veículos com alterações em suas condições
originais ou com excesso de carga) causam desgaste
excessivo das molas, podendo gerar ruídos.

  • No caso de ruídos indesejáveis após a
    montagem, certifique-se de que não existam
    componentes da transmissão soltos ou com
    desgaste, coxins de motor e câmbio em mau
    estado e que a rotação da marcha lenta esteja
    correta antes de decidir-se pela remoção
    do disco de embreagem.

A impregnação por lubrificantes causa problemas na embreagem

A impregnação do disco de embreagem por óleo
ou graxa poderá ocasionar perda de potência
devido à patinação ou vibrações indesejáveis no
veículo em função da trepidação.
A impregnação pode ocorrer por vários motivos,
veja aqui os mais comuns:
Danos no retentor do volante do motor.
Falhas nas vedações do sistema de acionamento
hidráulico.
Retentor do eixo piloto em mau estado.
Manuseio das peças com as mãos impregnadas
de óleo ou graxa.
A impregnação por lubrificantes
causa problemas na embreagem
Cuidados na montagem visando evitar a
impregnação do disco de embreagem:

  • 1. Utilize graxa grafitada ao lubrificar o

estriado do eixo piloto para evitar
escorrimentos em função da força
centrífuga exercida pelo motor, o que
poderia gerar a contaminação do disco de
embreagem.

  • 2. Aplique apenas uma pequena

quantidade de graxa no estriado, suficiente
para o livre deslizamento do disco.

  • 3. Deslize o disco do início ao fim do

estriado. Repita a operação uma ou duas
vezes para obter uma melhor distribuição do
lubrificante.

  • 4. Retire o excesso de graxa utilizando um

pano que não solte fiapos.
Cuidados na montagem visando evitar a
impregnação do disco de embreagem:
1. Utilize graxa grafitada ao lubrificar o
estriado do eixo piloto para evitar
escorrimentos em função da força
centrífuga exercida pelo motor, o que
poderia gerar a contaminação do disco de
embreagem.
2. Aplique apenas uma pequena
quantidade de graxa no estriado, suficiente
para o livre deslizamento do disco.
3. Deslize o disco do início ao fim do
estriado. Repita a operação uma ou duas
vezes para obter uma melhor distribuição do
lubrificante.
4. Retire o excesso de graxa utilizando um
pano que não solte fiapos.

Pedal duro e ruído
no acionamento da embreagem

Substituir o conjunto de embreagem não se trata apenas de retirar o platô,
disco e rolamento usados e simplesmente colocar outros novos no lugar.
Junto da embreagem,existem vários componentes
que se desgastam simultaneamente e, portanto, não devem ser
esquecidos. Problemas de esforço excessivo de pedal
e ruídos de acionamento, por exemplo, estão relacionados
a componentes que forçam o sistema de
acionamento da embreagem.
Por este motivo, o aplicador profissional verifica
todos os componentes envolvidos e os substitui
sempre que necessário. Fique atento aos principais causadores de pedal de embreagem duro e
ruídos de acionamento

  • Desgaste nas hastes do

garfo de acionamento.
Num garfo em boas
condições de uso, a área
de contato com o
rolamento deve estar
arredondada.

  • Desgaste nas áreas de contato do garfo com as                                                   

buchas. As áreas desgastadas do garfo serão
impregnadas por resíduos, poeira ou sujeira,
gerando resistência ao movimento do garfo.

  • Buchas quebradas ou desgastadas. As buchas em
    más condições geram folgas e conseqüentes
    vibrações, além de dificultar o movimento do
    garfo.
  • Cabo de embreagem
    travado. Uma forma de
    verificar a condição do
    cabo é retirá-lo e verificar
    se permite livre acionamento.
    A verificação deve
    ser feita com o cabo
    flexionado

Tipos de acionamentos das embreagens de veículos de passeio e utilitários

Os motores à combustão não são capazes de transmitir
o torque até que a velocidade de marcha lenta
seja ultrapassada e possuem uma margem de velocidade
relativamente limitada para ser utilizada.
Uma embreagem ACIONADA EXTERNAMENTE, combinada
com uma transmissão por engrenagens, é
capaz de solucionar estes dois problemas, desacoplando
o motor do restante do POWERTRAIN.
Quando falamos uma embreagem “ACIONADA
EXTERNAMENTE”, falamos do sistema de acionamento
do veículo: é ele que aciona a embreagem,
e se ele vai mal, a embreagem não funcionará corretamente.
Conheça aqui soluções para os quatro
tipos de acionamento e suas particularidades.

  • Sistema de acionamento por cabo
    Muito comum nos
    veículos de passeio,
    o sistema de acionamento
    por cabo se
    torna bastante viável
    devido às facilidades
    de sua manutenção
  • Falha: embreagem dura
    Neste sistema, o cabo é responsável por puxar o
    garfo de embreagem e transmitir o movimento
    até o mancal que acionará a mola membrana do
    platô. Cabos com desgaste, garfo em mal estado e
    buchas do garfo com desgaste excessivo provocarão
    pedal duro.
  • Falha: rangidos
    É comum neste tipo de sistema, o aparecimento de
    rangidos durante o acionamento. Podemos afirmar
    que o platô não produz o rangido durante o acionamento.
    Esta falha é provocada por desgaste das
    partes móveis, garfo e buchas em mal estado e
    também a falta de lubrificação do sistema.
  • Falha: trepidação
    Cabos enroscando provocarão a trepidação no
    veículo. Na linha pick-up, alguns veículos possuem
    este tipo de acionamento. Se o cabo não estiver tensionado, curvado, a pick-up terá a trepidação.
    Não podemos esquecer de verificar o paralelismo
    do volante e o estado dos coxins do veículo
  • Sistema de acionamento tipo rígido
    Este tipo de acionamento
    é utilizado nos
    veículos mais antigos.
    Ele possui varões de
    acionamento e são
    articulados.
  • Falha: dificuldade de engate
    Esta falha acontece geralmente quando temos perda
    de acionamento. Geralmente perdemos acionamento
    por empenamento dos varões e folgas nas
    articulações.
  • Falha: patinação
    A regulagem da folga entre mancal de embreagem
    e os dedos da mola membrana deve ser obedecida.
    Neste sistema, recomendamos uma folga no pedal
    de 2 cm. Caso o seu sistema não possua esta folga,
    sua embreagem estará enforcada
  • Falha: trepidação
    Folgas excessivas, que podem ser claramente
    percebidas no sistema de acionamento (buchas e
    balancim) e deformações nos varões, causam
    trepidação.
  • Falha: embreagem dura
    O sistema de acionamento tem papel fundamental
    para o esforço do pedal. Necessitamos verificar a
    lubrificação das articulações, oxidação no tubo
    guia, desgaste do parafuso olhal e empenamento
    dos varões.

Tipos de acionamentos das embreagens de veículos de passeio e utilitários

Sistema de acionamento hidráulico
convencional
No sistema de acionamento
hidráulico
temos como benefício
a diminuição do esforço
do pedal e um
acionamento suave e
sem ruídos.

  • Falha: dificuldade de engate

Geralmente esta falha acontece após a troca da
embreagem. É necessário a verificação do nível de
óleo do reservatório, a realização da sangria para
eliminação de ar no sistema, verificar possíveis
empenamentos das hastes dos cilindros e tubulação
do óleo com restrições.

  • Falha: patinação

Este tipo de falha acontece quando o sistema fica
“enforcado”, ou seja, o óleo não retorna para o
reservatório e assim mantém a haste do cilindro
atuador acionada, provocando a patinação no veículo.

  • Falha: embreagem dura

O atuador hidráulico está sujeito a desgastes internos
que prejudicam seu desempenho. As paredes
internas dos cilindros são polidas e com o tempo
de uso elas vão criando rugosidades que afetam o
curso do êmbolo devido ao atrito. Nem sempre
ocorrem vazamentos nestas situações, mas mesmo
assim recomendamos a troca do atuador sempre
que for efetuada a substituição da embreagem.
Obs.: geralmente o veículo já apresenta este
problema com o conjunto de embreagem anterior.

  • Sistema de acionamento hidráulico com mancal

hidráulicoEste sistema é um dos mais atuais, aplica-se
tanto à linha leve quanto à linha pesada.
Ele não possui o garfo de acionamento:
o mancal de embreagem faz o papel do
garfo e do cilindro atuador.
São duas funções em um só componente.

  • Falha: embreagem dura

Problema similar ao do sistema de acionamento
hidráulico convencional.

  • Falha: dificuldade de engate

A perda de pressão no sistema causa a dificuldade
de engate, assim como também a presença de ar
no sistema ou tubulação com restrição.
É necessário verificar todo o sistema hidráulico
antes da remoção do conjunto de embreagem

  • Falha: trepidação

A trepidação também poderá surgir quando o
sistema de acionamento estiver vazando. Nos
casos de volante “tipo pot” é extremamente
necessária a verificação da profundidade do
rebaixo após a usinagem. Alguns mecânicos só
retrabalham a superfície de atrito do disco e
esquecem de retrabalhar a superfície de apoio do
platô

  • Falha: patinação

A patinação, neste sistema, ocorre por motivo
semelhante ao do sistema de acionamento hidráulico
convencional. Também é necessária a verificação
de um possível travamento da haste do cilindro
mestre ou restrição na tubulação. Ambos
impedem o retorno do óleo ao reservatório.