Manual de reparo de embreagem II
- 1. Apresentação
Publicação de propriedade da SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA.
Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização por escrito da proprietária.
As descrições e dados contidos na presente publicação estão sujeitos a alteração sem prévio aviso.
Mecânicos inexperientes, sem treinamento ou não familiarizados com os procedimentos de reparação não
devem executar os serviços descritos neste manual.
A SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA. não se responsabiliza por danos materiais ou pessoais causados por:
a) inobservância das normas de segurança e das instruções descritas neste manual;
b) não utilização, quando for o caso, das ferramentas especiais e equipamentos apropriados.
Edição nº 03 – Fevereiro/2003
Este manual aborda todos os detalhes relativos aos reparos das
embreagens dos veículos comerciais.
Assim, procuramos compilar todos os dados, especificações,
etc, abrangendo, inclusive, o diagnóstico de falhas, passando
pelos sistemas de acionamento e suas regulagens, até chegar
ao conjunto da embreagem propriamente dito.
Por outro lado, em nenhum momento tivemos a pretensão de
ensinar qualquer mecânico a trocar embreagens, mas apenas
auxiliá-lo relembrando alguns pontos e municiá-lo com
informações úteis ao seu trabalho.
Todos os dados aqui expostos foram extraídos de materiais
elaborados e publicados pelas montadoras e fabricantes de
peças originais, complementadas com a experiência dos
profissionais da SACHS AUTOMOTIVE, que fornece a maioria
das embreagens às montadoras brasileiras.
2
Fascículo 1 Capítulo
1. Apresentação
2. Índice
3. Designação para platôs e discos
4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem
5. Diagnósticos de avarias
Fascículo 2
6. Importância e influência dos sistemas de acionamento
7. Regulagem dos pedais
8. Regulagem dos sistemas de acionamento
Fascículo 3
9. Servo da embreagem
10. Indicador de desgaste do disco de embreagem
11. Manutenção periódica do sistema de embreagem
Fascículo 4
12. Usinagem do volante do motor
13. Dimensões para controle dos volantes
Fascículo 5
14. Desmontagem e montagem de embreagens
15. Substituição dos mancais de embreagem
Fascículo 6
16. Produtos recomendados para o sistema de embreagem
17. Sangria dos sistemas hidráulicos
18. Classe de resistência e torque de parafusos
2. Índice
O Manual de Reparo de Sistemas de Embreagem para Caminhões e Ônibus é uma publicação da SACHS
AUTOMOTIVE BRASIL LTDA.
São seis fascículos, publicados em seqüência, formando um conjunto único depois de completo. Em cada
fascículo um ou mais assuntos são abordados de forma direta, clara e ilustrada.
É importante ressaltar que, devido ao constante desenvolvimento e lançamento de novas tecnologias
relacionadas ao tema, nem todos os assuntos puderam ser abordados em detalhes.
A tônica dos seis fascículos reunidos é fornecer, de maneira resumida, as principais e mais importantes
informações sobre os sistemas de embreagens em caminhões e ônibus.
No caso de haver a necessidade de conhecer um dos temas abordados nos fascículos com maior profundidade,
acione o Call Center Sachs pelo 0800 19 44 77.
A ligação é gratuita e técnicos preparados estarão aguardando sua ligação para auxiliá-lo.
- Pedal da embreagem
Falha: comprometimento geral do acionamento da
embreagem.
Motivo: aplicação do pedal incorreto e/ou pedal
desregulado.
Procedimento: no momento da regulagem, comparar com os
dados para regulagem para verificar qual o
tipo de pedal que está no veículo.
Nota: como no exemplo ao lado, existem pedais que possuem o mesmo
curso, porém, possuem ângulos diferentes para ancoragem do pino da
mola de dupla ação e/ou da haste de acionamento do cilindro emissor.
* A mudança deste ângulo altera substancialmente a reação do
pedal e compromete a embreagem.
- Batente inferior do pedal
Falha: curso excessivo, danificando o cilindro emissor
(quebra da mola e/ou vazamento)
ou falta de curso para debrear.
Motivo: falta de batente ou batente danificado.
Procedimento: verificar a existência, as condições e dimensões
do batente. Substituí-lo se necessário.
Nota: 1) todos os batentes inferiores possuem a mesma altura
e são fixos. 2) A ausência de batente aumenta o curso de acionamento
- Batente superior
Falha: curso excessivo do pedal, dificuldade no ajuste
do ângulo de reação (C) da mola auxiliar ou de dupla ação.
Motivo: batente danificado ou desregulado.
Procedimento: regular ou substituir se necessário.
Nota: 1) o ângulo de reação (C) não é regulado e só pode ser verificado,
necessitando para isso de uma ferramenta especial, pois Influencia na força de
acionamento do pedal. 2) ver regulagem do curso do êmbolo no capítulo
- “Regulagem dos Pedais”.
Mola do retorno do pedal
(esta mola só é aplicada aos pedais dos veículos com servo hidropneumático)
- Falha: não retorno total do pedal e pré-acionamento da embreagem.
Motivo: falta ou ruptura da mola.
Procedimento: instalar nova mola.
Importante: esta mola é absolutamente necessária nos veículos
que possuem sistema de acionamento hidropneumático.
Cilindro emissor
- Falha: não aciona a embreagem ou a mantém pré-acionada.
Motivo 1: vazamento e/ou ruptura da mola.
Procedimento: substituir o cilindro e verificar os batentes do pedal
da embreagem.
Motivo 2: dificuldade na movimentação do êmbolo, por inchaço
das gaxetas, por qualidade e/ou problemas com o fluido.
Procedimento: substituir o cilindro /reparo e/ou o fluido do sistema.
Importante: verificar também o cilindro receptor ou o servo,
já que poderão sofrer o mesmo problema, no caso de contaminação do
sistema.
Motivo 3: dano /dificuldade de movimentação do êmbolo
por penetração de sujeira.
Procedimento: substituir o cilindro e verificar as condições de
assentamento da coifa.
A. Conjunto pedal da embreagem e seus componentes (cont.)
C A M I N H Õ E S E Ô N I B U S
- Haste de acionamento
Falha: dificuldade/impossibilidade de ajuste da folga,
resultando em:
- acionamento insuficiente do platô (folga excessiva).
- pré-acionamento da embreagem (ausência de folga).
Motivo: rosca danificada/regulagem incorreta ou haste
errada/desgaste excessivo da articulação.
Procedimento: verificar as condições/substituí-las se necessário.
Importante: lubrificar com graxas especiais como UNIMOLY ou
MOLIKOTE.
Eixo do pedal
- Falha: folga no pedal/pedal com jogo excessivo/pedal duro.
Motivo: falta de lubrificação e/ou penetração de sujeira,
rolamentos/buchas danificadas, eixo desgastado.
Procedimento: substituir o eixo, rolamento de agulhas e/ou
buchas e lubrificar.
- Regulagem do conjunto pedal
da embreagem
A regulagem incorreta pode produzir as seguintes anomalias:
vazamento do cilindro emissor, quebra da mola do cilindro, dano da
coifa do cilindro emissor, esforço elevado no acionamento da
embreagem, não retorno do pedal da embreagem e/ou retorno lento,
sistema “enforcado”, excesso de curso da embreagem, etc.
A regulagem deve ser feita após a verificação prévia dos seus
componentes, conforme descrito anteriormente.
- Regulagem do conjunto pedal
da embreagem
Ângulo de reação (C) da alavanca da haste da mola auxiliar. (**)
Medida (A) de montagem da mola
auxiliar (de dupla ação) (*). (**)
Folga (B) entre a haste de acionamento e o êmbolo
do cilindro emissor. (**)
Curso (D) do pedal da embreagem.
O valor indicado é regulado alterando-se a altura do
batente superior. (**)
(*) Ajuste da altura da mola. Efetuado através da porca situada
sobre o prato superior da mola, com auxílio de um paquímetro.
(**) Ver capítulo seguinte “Regulagem dos Pedais“.
Ângulo de reação (C) da mola
auxiliar ou de dupla ação
- Falha: comprometimento do sistema de acionamento.
Pedal duro ou com dificuldade de retorno à
posição de repouso.
Motivo: alavanca do pedal errada/mola errada e/ou
desregulada.
Procedimento: conferir ângulo, dimensões e regulagem da mola.
B. Tubulações do sistema de acionamento
- Falha: comprometimento do acionamento, curso insuficiente,
retorno lento.
Motivo: vazamentos, dobras e/ou amassamento das tubulações,
falta de estanqueidade nas conexões, flexíveis dilatando
com a pressão.
Procedimento: verificar as condições das tubulações e conexões e
distribuí-las se necessário.
C. Cilindro hidropneumático (receptor)
- Falha: acionamento parcial ou pré-acionamento.
Motivo 1: gaxetas danificadas/inchadas devido à contaminação do fluido.
Procedimento: substituir o cilindro e o fluido do sistema.
Importante: verificar também o cilindro emissor.
Motivo 2: contaminação da parte pneumática por água e/ou
óleo do compressor. Procedimento: drenar a água dos reservatórios e verificar as condições/
funcionamento da válvula de drenagem/reparar o sistema.
Observações
- Instalar reservatório auxiliar com capacidade de 10 litros, caso não exista.
- Na contaminação por óleo do motor, verificar o compressor de ar.
Motivo 3: sujeira/desgaste do êmbolo pneumático do servo (coifa danificada).
Procedimento: reparar o servo ou substituí-lo e verificar as condições da coifa.
D. Conjunto garfo da embreagem
(*) UNIMOLY GLP2 ou MOLIKOTE LONGTERM 2
(**) UNIMOLY R24 ou MOLIKOTE G RAPID (inclusive para estrias do eixo piloto)
1. Rolamento/luva deslizante (mancal)
2. Grampo de fixação do rolamento/luva
deslizante
3. Conjunto garfo da embreagem
4. Parafuso de fixação do conjunto garfo
da embreagem
5. Garfo da embreagem
Mancal de acionamento da haste ou
garfo da embreagem
6. Bucha de articulação do garfo
7. Eixo do garfo da embreagem
8. Arruela
9. Anel-trava
10. Engraxadeira
11. Tampa da bucha
12. Coifa
E. Rolamento da embreagem/luva deslizante/
tubo guia do mancal “moringa”
- Falha: embreagem sem curso suficiente, patina no retorno, embreagem
com tranco repentino, endurece pedal e/ou ruído na embreagem.
Motivo: giro do rolamento sobre a luva, acúmulo de impurezas na guia
do mancal “moringa” ou luva com desgastes irregulares.
Rolamento engripado/fundido.
Procedimento: verificar o mancal do rolamento, substituí-lo se necessário.
Nota: para evitar o giro do rolamento sobre o mancal, aplicar, se necessário, trava
química Loctite 601 entre o rolamento e o corpo do mancal.
Importante: 1) não lavar o rolamento/mancal. Para sua limpeza, usar pano
embebido em solvente.
2) Nos veículos que possuem mancal com bucha de material autolubrificante,
não se deve aplicar graxa para evitar o acúmulo de sujeira.
3) Limpar e retirar rebarbas eventuais da “moringa”. No caso de aplicação
de nova peça, remover completamente a cera de proteção.
4) Cuidado para a correta instalação do mancal no garfo, mediante a
aplicação dos grampos (2) - ver ilustração da página anterior.
- F. Conjunto garfo da embreagem
Falha: acionamento insuficiente, endurecimento do pedal, retorno
lento com patinagem.
Motivo: desgaste e/ou quebra das buchas (7) do garfo da embreagem.
falta de folga entre o mancal e a “moringa” por desalinhamento
quando da instalação do garfo, acúmulo de sujeira, deformações
e/ou desgaste irregular na “moringa”.
Procedimento: verificar as condições do conjunto quanto a:
- Folga no conjunto garfo e condições das buchas (7)
e suas articulações.
- Condições da fixação e alinhamento do conjunto garfo.
- Facilidade de movimentação do mancal sobre a “moringa”
(acionamento e retorno).
- Condições da “moringa” quanto a desgastes, deformações e/ou
rebarbas. Se necessário, substituir as peças sem condições e
lubrificar as buchas.
Nota: a) as buchas, quando produzidas em material auto-lubrificante, não
necessitam de lubrificação. b) Lubrificar ligeiramente a região de contato
do garfo com o mancal.
7. Regulagem dos pedais
- A. Considerações sobre os conjuntos “pedais da embreagem”
São tantos os modelos e as modificações ocorridas
que compilamos dados que vão desde os veículos
com acionamento mecânico até os de acionamento
hidropneumático.
Advertências:
- ao remover o conjunto pedal da embreagem
do veículo ou ao desconectar a haste do garfo
da embreagem, manuseá-lo com muitíssimo
cuidado pois, após um pequeno deslocamento
(curso) do pedal, ele é acionado violentamente
pela ação da mola auxiliar (ou de dupla ação).
Tal fato pode gerar sérios acidentes pessoais.
- Quando no veículo, adotar as medidas
necessárias para que o pedal não seja acionado
quando o servo hidropneumático estiver afastado
/ removido e com as tubulações conectadas.
Tal ocorrência poderá causar sérios danos pessoais
devido à explosão do cilindro do servo.
- B. Veículos com acionamento mecânico
Tabela de dados para regulagem
Veículos Curso livre do pedal da embreagem Curso livre do rolamento da embreagem
L/LK/LS 1113/1114
LA/LAK 1113/1313/1314
LPO 1113
L/LK/LS 1313/1316
L/LK 1313/1314/1513/1514/1516
L/LK/LS 1519/1520
LG 1819/1820 35,0 3,0
LS 1524/1525 30,0 2,0
L 2013/2014/2225
L/LB/LK 2213/2214/2216/2217/2219/2220
L 2215/2216
LS 1924/1924A/1929
OF 1113/1114/1313/1314
OH1313/1314/1316/1517/1518/1419/1520*
O 364/0 365
L/LO 608 D
Legenda: * Introduzida embreagem de acionamento hidráulico a partir do chassi nº...793544
A regulagem do “Curso livre do pedal da embreagem” é feita através das roscas das hastes de acionamento e suas articulações
e como conseqüência deste valor, obtém-se a folga entre o rolamento e o platô.
- C. Veículos: 608/708 (acionamento hidráulico)
7. Regulagem dos pedais (cont.)
Para este tipo de pedal suspenso, as regulagens consistem em:
- ajustar a altura (A) da mola da dupla ação.
- Regular a folga (B) entre a haste de acionamento e o êmbolo do
cilindro-emissor.
O curso do pedal, neste caso, não requer regulagem, pois está limitado
pelos batentes.
1. Porca de regulagem
2. Batente superior do pedal
3. Batente inferior do pedal
Dados para regulagem:
Altura (A) da mola de dupla ação 57,5 mm
Folga (B) entre a haste de
acionamento e o êmbolo do cilindro 0,5 mm
Regulagem da mola de dupla ação
Através da porca de regulagem (1) ajustar a altura (A) da
mola para 57,5 mm.
Regulagem da folga (B)
Soltar o parafuso (1) e girar a porca excêntrica (2) até obter um curso
livre do pedal de 3 a 5 mm.
Tal curso livre corresponde a aproximadamente 0,5 mm para a folga (B)
entre a haste e o êmbolo do cilindro-emissor.
Reapertar o parafuso (1) com a porca (2) segura na posição.
Verificar novamente o curso livre.
- D. Veículos com pedal no assoalho (acionamento hidráulico e hidropneumático)
Veículos: 1118 / 1317 / 1318 / 1319 / 1517 / 1518 / 1932 / 1933 / 1934
Dados para regulagem
Curso (A) do pedal 162 a 168 mm
Folga (B) entre a haste de acionamento e o êmbolo do cilindro-emissor 0~0,1 mm
Ângulo (C) da posição inicial da alavanca do pedal 51º
Medida (D) de regulagem do ângulo do pedal 17,5 a 18,5 mm
Nota: dados e procedimentos não aplicáveis a veículos com acionamento hidropneumático da embreagem.
Regulagem do ângulo (C)
e do curso (A)
Embora o ângulo (C) possa ser regulado em bancada, neste manual abordaremos
apenas a regulagem rotineira, a ser feita diretamente nos veículos.
1. Retirar a tampa de madeira do assoalho da cabine.
2. Soltar a contra-porca (2) e através do parafuso de regulagem (1),
ajustar a medida (D) para 18 +/- 0,5 mm.
Nota: o ajuste desta medida leva indiretamente à regulagem do ângulo (C)
em aproximadamente 51º e do curso (A) do pedal entre 162 e 168 mm.
3. Apertar a contra-porca (2) e conferir o curso do pedal.
Regulagem da folga (B)
1. Afastar a coifa (1) e soltar a contra-porca (2).
2. Girar a haste de acionamento até eliminar sua folga com o êmbolo
do cilindro.
Nota: a eliminação da folga é percebida movimentando-se lateralmente
a haste.
3. Apertar a contra-porca (2) e conferir a folga, que deve ser a mínima
possível.
4. Reinstalar o assoalho da cabine.
Atenção: se necessário, reparar o conjunto de pedais ou remover
o cilindro emissor, antes de desligar a tubulação hidráulica,
imobilizar a alavanca do pedal (1) para evitar acidentes, visto
que, após um pequeno curso da mesma, a mola de dupla ação
(2), puxa violentamente a alavanca para baixo podendo causar
graves danos ao atingir os pés ou as mãos do mecânico.
Regulagem do curso do pedal
1. A regulagem descrita anteriormente deverá corresponder a um curso
(C) do pedal, de 170 a 177 mm, medido do centro do pedal entre a
posição de repouso e a posição totalmente acionado.
Nota: caso o curso do pedal não seja obtido completamente, a
regulagem através das 3 posições de fixação da haste (1) na alavanca
do pedal (2).
- Regulagem da folga (E)
1. Soltar a contra-porca (1) e girar a haste (2) até obter uma folga (E)
entre a haste e o êmbolo do cilindro emissor de 0 a 0,5 mm de folga.
2. Apertar a contra-porca (1).
Nota: percebe-se a folga movimentando-se lateralmente a haste
enquanto se efetua a regulagem.
- Regulagem da distância (B) da
mola de retrocesso ao centro do
eixo do pedalE. Veículos: O 370 / O 371 (acionamento hidráulico)
1. Com o pedal na posição de repouso, regular a distância (B) de 24 mm
com auxílio do parafuso especial (1) travando em seguida a contra-porca (2).
Regulagem do batente
1. Soltar a contra-porca do batente (1) e ajustá-lo de forma que encoste
no apoio (2) com 80 mm de curso do pedal.
Verificação do curso da haste
Estando corretamente regulado o mecanismo, obter-se-á um curso (D)
da haste de acionamento do cilindro emissor de 34 mm que, com o
sistema hidráulico devidamente sangrado, proporcionará um curso (F)
da haste de acionamento do cilindro receptor de 12,9 a 13.5 mm.
Atenção: sendo necessário efetuar reparos no conjunto dos
pedais ou remover o cilindro-mestre, antes de desligar a tubulação
do sistema hidráulico, introduzir um pino na bucha (1)
para imobilizar a alavanca (2) já que sem contrapressão
hidráulica, a mola de dupla ação (3), após certo curso do pedal,
puxará violentamente a alavanca (2) para baixo, podendo causar
graves acidentes.
- F VEÍCULOS Dados para regulagem
Veículos Tipo da embreagem Curso “C” do pedal Curso “D” do êmbolo
0 371 U (Motor OM 366 / 366 A)
(a partir do nº final de motor...075129) GMF 330 142 a 147 29 a 30
0 371 UL (até 06/95) GMF 350 155 a 165 31 a 33
0371 U (a partir de (06/95) GMF 350 153 a 158 31 a 32
0 371 UP / R / RS / RSD (Motores OM 355 / 5 / 5A) GF 380
(até motor nº final 076889) GMF 380 170 a 177 32 a 34
0 370 / 0 371 RS / RSD (Motores OM 355 A / LA) GF 420
0 371 R / 0 400 R (Motor OM 449 A) GMF 420 148 a 159 31 a 32
0 371 RS / RSL / RSD (Motores OM 447 LA)
0 400 RS / RSL / RSD (até 12/93) GF2 / 380 145 a 156 30 a 31
0 400 RS / RSL / RSD (Motor série 400, após 01/94) GMFZ 430
MFZ 430 127 a 132 26 a 27
- Regulagens
1. Modificando-se a posição da haste do pedal (5) em relação à
alavanca do pedal (3), ajustar através do parafuso de encosto (1) o
curso do pedal (C) de forma que o curso da haste (D) atinja o valor
especificado na tabela ao lado.
2. Soltar a contra-porca da haste de acionamento do êmbolo e ajustar a
folga (E) para 0~0,5 mm. Reposicionar a coifa e travar a contra-porca.
Nota: percebe-se a folga da haste movimentando-a lateralmente.
Importante: antes da regulagem, verificar estado/existência dos
batentes inferior/superior do pedal. Instalar/substituí-los, se
necessário.
- G. Veículos com pedais suspensos e pedaleira independente
Ajuste do curso do êmbolo
Esta regulagem pode ser feita em bancada, especialmente quando se
desejar substituir alguns componentes do pedal.
Nota: para facilitar o ajuste, retire a mola de dupla ação, pois a mesma
pode provocar acidente no momento do acionamento do pedal para a
regulagem.
1. Posicionar o pedal na posição totalmente acionado e medir a
distância da haste até a carcaça da pedaleira com um paquímetro
de profundidade.
2. Some a este valor a medida do curso do cilindro-mestre - ver
“Tabela de Dados para Regulagem dos Pedais” - capítulo 7-H.
3. Coloque esta medida no paquímetro de profundidade
4. Regule o batente superior até que a distância da haste até a carcaça
da pedaleira atinja o valor desejado.
5. Aperte a contra-porca do batente superior.
6. Monte e ajuste a altura da mola de dupla ação.
Ajuste da medida (LO) da mola de
dupla ação
Através da porca de regulagem e com auxílio de um paquímetro,
ajustar a medida da mola para os valores correspondentes, conforme
tabela “Tabela de dados para regulagem dos pedais” - capítulo 7-H.
Ajuste da folga (B) entre a haste e
o êmbolo do cilindro emissor
1. Desapertar a contra-porca da haste.
2. Girar a haste até a eliminação da folga ou até que ela seja a mínima
possível.
Nota: a eliminação da folga é percebida movimentando-se lateralmente
a haste. Não forçar em demasia para não estrangular o retorno do
fluido.
3. Apertar a contra-porca e reposicionar a coifa da haste
- H. Tabela de dados para regulagem dos pedais
MANUAL DE REPARO DE CSAITSÁ LTO GEOM 2 0A0 1 S EDME EBMR BERAEGAGE ENMS
Caminhões com pedais suspensos e
pedais independentes
Veículos Ângulo inicial “C” Medida Inicial Curso do pedal “CP” Curso do cilindro
da mola “LO” mestre“CM”
709/712/912/914 9°30’ 59,0 152,5 28,5
1114 (com eixo auxiliar) 10°30’ 58,5 147,5 27,5
L/LK 1214/1414/1614/1714
L/LK 1618/1620/1718
L/LK 1215/1615/1621/1721 8° 61,5 167,5 36,5
L 1218/1418/1614/2314 7° 61,0 162,5 35,5
LA/LAK 1418
L/LK 1418 E/1618
L/LB/LK 2318/2418
L/LS 1625/1630
L/LB/LK 2325 20°30’ 68,0 144,5 31,5
(Veículos com embreagem GF 420) 19°30’ 67,5 139,5 29,5
LS 1935/1938/1941
L/LK 1935 24° 68 165 36
L/LK/LS 2635 23° 67 160 35
(Veículos com embreagem GF2 380)
LS 1935/1938/1941
L/LS/LK 2635 11°30’ 61,5 160 30
(Veículos com embreagem MFZ 430) 10°30’ 61,0 155 29
Nota: a) os dados acima servem para controle, sendo que as únicas dimensões que podem ser reguladas são a medida da mola
(LO) e o curso do cilindro mestre (CM) ou o curso do pedal (CP). b) Dados extraídos da publicação nº B 09924885, edição 09/95
da Mercedes-Benz do Brasil S.A. c) Os dados acima já incorporam os contidos nas “Informações de Serviço” nº 02, 03 e 04/95
de outubro de 1995 editados pela Mercedes-Benz do Brasil S.A.
Chassis para ônibus modelos OF/OH
(pedais suspensos e independentes)
Veículos Ângulo inicial “C” Medida inicial Curso do Curso do cilindro
da mola “LO” pedal “CP” mestre “CM”
OF/OH/ 809/812 10°30’ 59,0 152,5 28,5
LO 809/812/814 9°30’ 58,5 147,5 27,5
OF 1115
OF/OH 1315/1318 8° 61,5 167, 5 36,5
(Veículos com embreagem GMF 330) 7° 61,0 162,5 35,5
OF 1618/1620/OH 1621
(com cilindro ampliador e 17°30’ 65,0 163,5 32,5
embreagens GMF 330 ou 350) 16°30’ 64,5 158,5 31,5
OF 1618/1620/ OH 1621
(com servo Wabco e 20°30’ 68,0 135 29,5
embreagens GMF 350 ou MF 350) 19°30’ 67,0 130 28,5
OH 1625 L até 05/95 20°30’ 68,0 144,5 31,5
(com embreagem GMF 420) 19°30’ 67,0 139,5 29,5
OH 1625 L /1630 L /1635 L /1636 L 14°30’ 61,5 155 30
(com embreagem MFZ 430) 13°30’ 61,0 160 29
Nota: a) os dados acima servem para controle, sendo que as únicas dimensões que podem ser reguladas são a medida da mola
(LO) e o curso do cilindro mestre (CM) ou o curso do pedal (CP).
b) Dados extraídos da publcação nº B 09924885, edição: 09/95 da Mercedes-Benz do Brasil S.A.
c) Os dados acima já incorporam os contidos nas “Informações de Serviço” nº 02, 03 e 04/95 de outubro de 1995 editados pela
Mercedes-Benz do Brasil S.A.
I. Veículos com pedaleira integrada (embreagem e freio)
1. Suporte da pedaleira.
2. Pedal da embreagem.
3. Pedal do freio.
3a. Interruptor da luz de freio
Pedal da embreagem
1. Cilindro hidráulico emissor
2. Haste de acionamento do cilindro
3. Pedal da embreagem
4. Batente do pedal
5. Suporte do batente
6. Eixo de articulação da haste
7. Bucha excêntrica de regulagem
da haste
B. Folga da haste
- I. Veículos com pedaleira integrada (embreagem e freio) (cont.)
Regulagem do comprimento de
mola auxiliar do pedal
Nota: o comprimento “A” da mola deve ser medido com o pedal na
posição de repouso.
1. Através da porca (1) ajustar a medida “A” especificada para o veículo.
Ver tabela no capítulo a seguir.
2. Acionar o pedal várias vezes e confirmar o comprimento “A”
especificado.
Regulagem da folga do pedal (entre
haste e êmbolo do cilindro emissor)
Nota: antes desta regulagem, o sistema deverá estar sangrado e a
medida da mola auxiliar estar ajustada.
1. Colocar um “calço” de 0,4 mm entre o pedal da embreagem (3) e o
batente do pedal (4).
2. Com uma chave de boca, segurar a porca da bucha excêntrica (7) e
soltar levemente o eixo de articulação (6).
3. Segurar o eixo (6) e girar a bucha excêntrica até que a folga “B” seja
a mínima possível.
Nota: a folga existente entre a haste e o cilindro pode ser percebida
deslocando-se a haste (2), lateralmente, com a ponta dos dedos.
4. Neste ponto, segurando a bucha (7), apertar o eixo (6) para fixar no
ponto desejado.
5. Acionar várias vezes e confirmar a folga entre o batente e o pedal,
que deverá ser de 0,30 a 0,40 mm.
Tabela de dados para regulagem
dos pedais (pedaleira integrada)
Veículos Medida “A” da mola auxiliar
OH 1421 L
OH 1621/1623 (gás)
OH 1621 (Euro 1 e 2) 42,5 a 43,0
1418/1418 R/1718 A/AK/1720/1720 K/
1723/1723 S/2423 (todos)
OH 1625 L /1628 L /1635 L /1636 L /1835 L 38,5 a 39,00
712/914/ LO 914
OF 1417 43,0 a 43,5
OH 1721
OF 1721
1214/1214 C/1214 K/1215/1218/1414/1414 K/
1418/1418 K/1714/1714 K/1715/1718/1718 K/ 40,0 a 40,5
1720/1721/1721 S/1722 S
2414/2418
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8. Regulagem dos sistemas de acionamento
- A. Descrição de funcionamento
Generalidades
O comando e funcionamento do servo opera hidráulica e pneumaticamente. Quando se pressiona o pedal da embreagem,
aciona-se o cilindro principal que está localizado diretamente na frente do pedal. O cilindro principal transmite a pressão
hidráulica para o circuito hidráulico do servo. Ali é acionado um êmbolo de reação que abre a válvula de comando para deixar
entrar o ar comprimido dentro do servo-cilindro e produzir o acionamento mecânico da alavanca da embreagem.
1. Cilindro emissor 4. Válvula de segurança Tubulação hidráulica
2. Conjunto do pedal 5. Alavanca externa da embreagem
3. Reservatório pneumático 6. Servo de embreagem Tubulação pneumática
A. Descrição de funcionamento (cont.)
Remoção do servo da embreagem
1. Meça a dimensão “A”
2. Anote a dimensão medida para voltar a colocar na mesma posição
o novo servo-embreagem ou um recondicionado.
3. Solte as conexões pneumáticas e as conexões hidráulicas.
Coloque bujões protetores em todas as conexões.
4. Retire o contrapino e o pino do garfo.
Solte os parafusos de fixação e retire o servo-embreagem.
Instalação e ajuste do servo da
embreagem
1. Fixe o servo no suporte da caixa de mudança. Monte o garfo na
alavanca externa da embreagem com o pino de articulação engraxado.
Trave com contrapino.
2. Ajuste a posição correta da haste do êmbolo conforme o tipo de
servo, observando os valores da coluna “A” para disco novos.
À medida que os discos se desgastam, a dimensão “A” diminui e ao
atingirem o valor mínimo da tabela, significa que estão totalmente
desgastados e deverão ser trocados.
Embreagem “A” Mínimo “A” p/ discos novos
K 422-9 (tipo 1) 50 mm 67 + - 1 mm
K422-9/ 10/ 11 (tipo2) 52 mm 64 + - 1 mm
K 422-10 (tipo 3) 33,5 mm 64 + - 1 mm
K 422-10 (tipo 4) 38 mm 50 + - 1 mm
K 422-10 (tipo 4) 38 mm 58 + - 1mm
K 432-06 (tipo2) 40 mm 64 + - 1 mm
K 432-06 (tipo 3) 33,5 mm 64 + - 1 mm
K 432-06 (tipo 4) 38 mm 57 + - 1 mm
K 432-14 (tipo 2) 42 mm 64 + - 1 mm
K 432-14 (tipo 4) 38 mm 55 + - 1 mm
Obs: ver tipo de servo-embreagem na página seguinte.
Nota: nos veículos equipados com indicador de desgaste (ilustração 4),
um aumento sensível na força de acionamento do pedal indica que o
disco deve ser substituído.
3. Bloqueie a haste de articulação com a contra-porca.
4. Conecte os tubos de ar comprimido e as linhas hidráulicas.
Use vedador de rosca apropriado.
5. Sangre da forma usual.
6. Verifique se a folga do pedal é de 15 mm. Ela é ajustada afrouxandose
a contra-porca na haste de pressão e girando-se esta em relação ao
garfo e, depois, travando-se a contra-porca.
7. Monte o guarda-pó sobre a porca da pedaleira na haste de pressão
- B. Descrição de funcionamento
Generalidades
O comando e funcionamento do servo-embreagem opera hidráulica e pneumaticamente.
Quando se pressiona o pedal da embreagem, aciona-se o cilindro principal que será localizado diretamente na frente do pedal.
O cilindro principal transmite a pressão hidráulica para o circuito hidráulico do servo-embreagem. Ali é acionado um êmbolo de
reação que abre a válvula de comando para deixar entrar o ar comprimido dentro do servo-cilindro e produzir o acionamento
mecânico da alavanca da embreagem.
Mecanismo de acionamente servo-assistido
1-Reservatório de fluido 5-Tubo pneumático Tubulação hidráulica
2-Cilindro mestre 6-Garfo da embreagem
3-Tubo hidráulico 7-Tubo de respiro Tubulação pneumática
4-Servo da embreagem
C. Instruções de reparo
Regulagens do pedal da
embreagem e do servo
da embreagem
O curso livre do pedal da embreagem deve ser de 4-5 mm.
A regulagem é feita por meio do parafuso de regulagem superior (1).
Nota: é importante que esta folga seja mantida, do contrário a
embreagem poderá ficar pré-acionada e patinar.
Obs: esta regulagem também pode ser feita na bancada com o suporte
do pedal preso em uma morsa.
- 1. Medir a distância “A” que deve ser de 45 a 32 mm.
Regular em 45 mm para disco novo.
* Conforme se desgasta o disco, essa medida vai diminuindo
até atingir 32 mm, indicando o fim da vida útil do disco.
- 2. Pedir a um auxiliar para acionar e manter acionado o pedal da
embreagem. Medir a nova distância “B”.
- 3. Subtrair a medida “A” da medida “B”. A diferença corresponde
à medida do curso do êmbolo do servo-cilindro, a qual deve ser de
27 - 30 mm.
B - A = 27 ~ 30 mm
Ou seja, o curso de acionamento deve ser de 27 a 30 mm.
- 4. Se o curso do êmbolo do servo não estiver correto, regular o
parafuso do batente inferior (2) do pedal da embreagem. Se o fluido
estiver aerado não será possível obter estas medidas para um correto
funcionamento da embreagem. O teste de aeração do fluido pode ser
executado, reduzindo-se a pressão nos reservatórios de ar (com o motor
parado, aplicar várias vezes o pedal do freio).
Acionar novamente a embreagem, a qual deve funcionar, porém
exigindo muito esforço sobre o pedal. Se o pedal for acionado sem
muito esforço, indica que o fluido apresenta-se aerado e o sistema
deverá ser sangrado e/ou reparado. Em seguida, regular novamente o
curso do pedal e o êmbolo do servo como descrito.
- 5. Ajustar a medida da rosca da haste de acionamento.
Nota 1: se o garfo for totalmente rosqueado e não se obtiver o valor
correto da regulagem, e desde que o(s) disco(s) de fricção não esteja(m)
demasiadamente gasto(s), a posição da alavanca do garfo da
embreagem pode ser avançada em uma estria. Marcar a posição
relativa antes de remover a alavanca do eixo.
Nota 2: quando instalar um novo disco de fricção, verificar a posição
da alavanca relativamente ao eixo. A posição é correta se a distância “C” for de 15 a 25 mm.