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01/03/2014 00:13

Historicamente, a demanda pelos transportes públicos coletivos urbanos no Brasil acompanha o desempenho da economia
em geral e, mais diretamente, as variações do salário médio que reflete o poder de compra dos trabalhadores.
Depois de quase uma década de perda sistemática de demanda e produtividade, iniciada a partir
de 1995, o setor começou uma recuperação, ainda que tímida, a partir de 2004 que coincide com
o aumento dos níveis salariais levado a efeito noprimeiro mandato do Presidente Lula.
Assim, entre 2004 e 2007, os transportes coletivos urbanos por ônibus mostraram um crescimento de cerca de 10% na quantidade de passageiros
transportados.
Infelizmente, o que seria o início consistente da recuperação do setor fatalmente ficará prejudica do face aos reflexos negativos da crise econômica
mundial sobre o nosso país.
Apesar de, inicialmente, as autoridades brasileiras não reconhecerem as graves conseqüências da crise parao país, hoje já está claro que
elas virão e, sem dúvida, diminuirão o nível da atividade econômica do Brasil
nos próximos anos, em função da queda das exportações e do crédito.
A queda da atividade econômica, por sua vez, refletirá negativamente no nível de emprego e de salários afetando diretamente a demanda pelos
transportes públicos. Entretanto, somente nos próximos meses será possível conhecer a verdadeira dimensão do problema que enfrentaremos.
De qualquer forma, o momento é propício para se retomar com prioridade as discussões sobre a desoneração dos custos do setor como forma de
tornar esse serviço público essencial mais acessível à população nesse momento de dificuldades

que se aproxima.